Quatro pessoas morreram e 15 ficaram feridas nesta sexta-feira no centro de Estocolmo em um atentado com um caminhão, indicou a polícia, que nesta sexta-feira à noite continuava procurando pelo motorista.
O primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, anunciou que foram reforçados os controles fronteiriços do país.
"Decidi reforçar os controles fronteiriços", declarou o premiê em uma coletiva de imprensa na sede do governo, enquanto a polícia informou que continuam as buscas pelo motorista, que também deixou 15 feridos ao lançar o carro contra uma multidão.
O ataque ocorreu pouco antes das 13H00 GMT (10h00 de Brasília) perto de uma loja de departamentos, Åhléns City, na junção entre uma das mais movimentadas ruas de pedestres da capital, Drottningsgatan, e uma das principais artérias da cidade, Klarabergsgatan.
O veículo se chocou contra a fachada da loja depois de atingir os pedestres, e os socorristas atenderam os feridos que estavam no local do ataque, de acordo com imagens transmitidas pela televisão.
"Quatro pessoas morreram e 15 ficaram feridas", declarou o porta-voz da polícia de Estocolmo, Lars Byström. O balanço anterior, fornecido pelas autoridades de saúde, era de um morto e 15 feridos.
A polícia sueca informou não ter detido o motorista do caminhão, mas divulgou imagens de um suspeito gravadas por câmeras de vigilância.
"Não temos nenhum contato" com o motorista deste caminhão, declarou um responsável pela investigação, antes de divulgar a imagem de um homem relativamente jovem, que vestia um casaco com capuz, filmado perto do local do atentado.
Os incidentes lembram os ataques de Londres, Berlim e Nice, no sul da França, cujos autores lançaram seus veículos contra multidões.
No dia 22 de março, Khalid Masood, um britânico de 52 anos convertido ao Islã e conhecido dos serviços de segurança, matou cinco pessoas atropelando-as com um carro na calçada da ponte de Westminster, que atravessa o rio Tâmisa em frente ao Big Ben, antes de esfaquear até a morte um policial na frente do Parlamento.
O autor do ataque, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), foi morto pela polícia.
Em dezembro, 12 pessoas morreram depois que um homem utilizou um caminhão roubado para avançar contra as pessoas que passeavam por um mercado de Natal em Berlim.
O ataque mais mortífero deste tipo nos últimos meses foi o de 14 de julho de 2016, em Nice, quando uma pessoa atropelou uma multidão que assistia aos fogos de artifício durante a festa nacional francesa. O atentado, reivindicado mais uma vez pelo EI, deixou 86 mortos.