Lojas são saqueadas na Venezuela em meio a protestos

O governador disse que estes "atos de vandalismo foram gravados" e aconteceram a poucos metros de onde estavam dezenas de agentes da Guarda Nacional Bolivariana
ABr
Publicado em 15/04/2017 às 8:02
O governador disse que estes "atos de vandalismo foram gravados" e aconteceram a poucos metros de onde estavam dezenas de agentes da Guarda Nacional Bolivariana Foto: Foto: Juan Barreto/AFP


Pelo menos 15 lojas foram saqueadas durante a noite de quinta e a madrugada dessa sexta (14) no estado venezuelano de Miranda, informou o governador, o opositor Henrique Capriles, dois dias depois que outras 14 lojas foram atacadas na região.

Capriles assegurou que padarias, sapatarias, lojas de bebidas, uma fábrica e pequenos estabelecimentos foram saqueados por "um grupo orquestrado, promovido pelo governo, sem possibilidade de reação".

O governador disse que estes "atos de vandalismo foram gravados", aconteceram a poucos metros de onde estavam dezenas de agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, Polícia Militar) que "não fizeram nada", e buscam desvirtuar os protestos antigovernamentais dos últimos dias, afirmou.

O opositor disse ainda que os saques, bem como as "atuações repressivas e selvagens", são "ordenados diretamente" pelo ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol, que já acusou Capriles publicamente de promover "atos terroristas", em alusão à violência registrada durante os recentes protestos.

Lojas sofrem prejuízos

"O instável Reverol será acusado em instâncias internacionais e já é investigado pela DEA (Agência de Repressão e Controle de Narcóticos dos Estados Unidos) por vínculos com o narcotráfico", afirmou o governador.

Na terça-feira passada, pelo menos 14 lojas foram atacadas na cidade venezuelana de Guarenas, depois que um grupo de pessoas invadiu um shopping da região e saqueou os estabelecimentos.

Os protestos antigovernamentais na Venezuela, que pedem eleições e a remoção de sete magistrados do Tribunal Supremo a quem acusam de ter dado um "golpe de Estado", completaram duas semanas e deixaram pelo menos seis mortos, 100 detidos e centenas de feridos, segundo balanço da oposição.

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