A Justiça dos Estados Unidos (EUA) retirou as acusações contra dois estudantes imigrantes acusados de estuprar uma colega de classe, um caso usado pela Casa Branca para justificar sua luta contra a imigração clandestina.
Os fiscais do estado de Maryland disseram nessa sexta-feira (5) que abandonaram a investigação por falta de provas contra o salvadorenho José Montano, de 17 anos, e contra o guatemalteco Henry Sánchez Milián, de 18.
Em março, eles foram acusados de ter agredido sexualmente uma estudante de 14 anos no banheiro da escola que frequentam durante o horário de aula. "Os fatos neste caso não sustentam as acusações apresentadas inicialmente", disse à imprensa John McCarthy, promotor do estado, acrescentando que o órgão não processará os jovens por estupro em primeiro grau, nem por crime sexual.
O caso ganhou dimensão nacional quando o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que "tragédias como esta" são a razão pela qual o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "fez da repressão à imigração ilegal uma prioridade".
A Promotoria indicou, porém, que Henry Sánchez Milián continua sendo investigado por pornografia infantil, devido às imagens encontradas em seu celular durante a investigação. Já o caso de José Montano foi transferido para um Juizado de Menores.