Macron supera Napoleão III e se torna o presidente mais jovem da França

Com 39 anos e 4 meses, Macron foi eleito com uma idade inferior em relação a Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão e primeiro presidente da França
JC Online
Publicado em 07/05/2017 às 17:07
Foto: Bertand Guay / AFP


Com a vitória sobre Marine Le Pen no segundo turno das eleições na França, Emmanuel Macron irá se tornar o presidente mais jovem da história do país. Com 39 anos e 4 meses, Macron superou Luís Bonaparte, sobrinho de Napoleão Bonaparte e conhecido como Napoleão III, que quando foi eleito tinha 40 anos e 7 meses.

 

Napoleão III foi o primeiro presidente eleito de forma direta na história da França. Seu governo deveria durar até 1852. No entanto, em dezembro de 1851, Luís Bonaparte conseguiu ampliar o seu mandato através de um golpe que reinstituiu a monarquia no país. Ele ficou no poder até 1870, após a derrota da França para Bismarck na guerra Franco-Prussiana. Assim, o período dan Terceira República Francesa foi instituído.

O feito de Macron também expressivo quando comparado com outros países. Ele possui uma idade inferior que Fernando Collor, o presidente mais jovem já eleito pelo Brasil, que tinha 40 anos e 7 meses quando assumiu a presidência do País. Macron, no entanto, não supera John Kennedy, o mais jovem a vencer uma eleição presidencial nos Estados Unidos. JFK tinha 34 anos quando conquistou o cargo nos EUA.

Sobre a votação na França

Macron foi eleito com uma margem de 65,5% a 66,1% dos votos, à frente de Le Pen, com 33,9% e 34,5%, segundo estimativas de institutos independentes. Ele irá substituir o socialista François Hollande, que se recusou a disputar a reeleição por falta de apoio popular e de quem foi ministro da Economia.

Em apenas um ano, desde que fundou o movimento de centro Em Marcha!, Macron abriu caminho em um país onde os dois grandes partidos tradicionais de esquerda e direita se alternavam no poder há meio século.

Superou-os no primeiro turno com um programa europeísta e liberal em temas econômicos e sociais. Foi para o segundo turno com uma vantagem cômoda nas pesquisas, reforçada no debate com sua adversária, mas isto não impediu que levasse um susto de última hora, com um ataque maciço de hackers cuja origem é desconhecida e é investigado pela justiça francesa.

A aposta política de Macron foi um sucesso, mas o passo seguinte é uma incógnita. A França não elege só seu presidente. Em junho, celebra eleições legislativas, afetadas pela incerteza.

Macron vai governar uma França muito dividida politicamente entre zonas urbanas (privilegiadas e reformistas) e as despossuídas (tentadas pelos extremos). Macron, que não parece recuar diante dos desafios, tem vários de grande tamanho pela frente, como um desemprego endêmico de 10%, a luta antiterrorista e a crise da União Europeia (UE).

Agência Lusa
Macron vence o segundo turno e é eleito o novo presidente da França - Agência Lusa
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Macron foi eleito com uma margem de 65,5% a 66,1% dos votos - JOEL SAGET / AFP
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Derrotada no segundo turno, Marine Le Pen obteve entre 33,9% e 34,5% dos votos - Bertand Guay / AFP
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Franceses comemoram nas ruas do país a eleição de Macron como presidente - ERIC FEFERBERG / AFP
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Franceses comemoram nas ruas do país a eleição de Macron como presidente - GEOFFROY VAN DER HASSELT / AFP
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Franceses comemoram nas ruas do país a eleição de Macron como presidente - PATRICK KOVARIK / AFP
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Franceses comemoram nas ruas do país a eleição de Macron como presidente - GEOFFROY VAN DER HASSELT / AFP
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Eleitores de Macron se reuniram no Louvre para acompanhar a apuração dos votos - PHILIPPE LOPEZ / POOL / AFP
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