A mortalidade infantil na Venezuela aumentou 30,12% no ano passado em comparação com 2015, enquanto a materna subiu 65%, segundo dados oficiais que confirmam a grave situação da saúde no país devido à crise econômica.
Em 2016, foram registradas 11.466 mortes de crianças de zero a um ano, segundo um boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. No ano anterior, foram registrados 8.812 falecimentos.
Entre as causas, o boletim cita a sepse neonatal, pneumonia, prematuridade e dificuldades respiratórias, mas não especifica a taxa de mortalidade em relação ao número de nascimentos.
Em 2016 também houve 756 mortes maternas, 65,79% a mais do que no ano anterior, acrescentou o ministério, que registrou, ainda, um aumento de 76,4% nos casos de malária, chegando a um total de 240.613.
Segundo associações médicas, a malária, que estava erradicada no país, reapareceu nos últimos três anos. O governo classifica a situação como "epidemia" em 13 dos 24 estados do país.
A saúde na Venezuela enfrenta uma crise aguda devido ao colapso econômico, e o país registra uma grande escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos.
Segundo a Federação Médica Venezuelana, os hospitais estão funcionando com apenas 3% dos medicamentos e produtos necessários.