Conheça um pouco sobre os Macron, um casal que rompe modelos na França

Emmanuel Macron foi eleito no último domingo (7) como o mais jovem presidente da história da França. Sua esposa Brigitte, é 24 anos mais velha que ele
AFP
Publicado em 12/05/2017 às 17:35
Emmanuel Macron foi eleito no último domingo (7) como o mais jovem presidente da história da França. Sua esposa Brigitte, é 24 anos mais velha que ele Foto: Foto: ERIC FEFERBERG / AFP


Brigitte e Emmanuel Macron, um casal atípico que assume sem complexos que ela é 24 anos mais velha do que ele, entrarão no palácio presidencial do Eliseu no domingo (14), depois de terem percorrido juntos o caminho até o poder.

Na noite da vitória, o casal mostrou sua cumplicidade diante das câmeras do mundo. Macron, com 39 anos, o presidente mais jovem da história da França, apresentou-se diante da multidão de mãos dadas com sua esposa, de 64. Com lágrimas nos olhos, ela beijou ternamente sua mão. "Sem ela, não seria quem eu sou", disse Macron ao falar de quem foi sua professora de teatro e aliada mais fiel na noite em que ganhou o primeiro turno da eleição presidencial.

Essa elegante mulher de cabelos loiros e olhos azuis esteve presente em cada viagem, cada ato e cada debate de seu marido. Durante a campanha, seu entorno a descreveu como uma mulher influente, que costuma reler os discursos do candidato e o aconselha em sua comunicação. Sua esposa "não tem nenhum papel atribuído, não assiste aos comícios políticos", mas "se ele não a vê durante uma hora, ele a chama", conta François Patriat, do movimento de Macron, A República Em Marcha.

Indiferentes 'ao que dizem'

Emmanuel e Brigitte Macron parecem um casal unido, carinhoso e cúmplice. A imagem de um amor que venceu toda a adversidade e indiferente "ao que dizem" por sua diferença de idade. "Emmanuel tem que ser eleito este ano, senão imaginem meu rosto em cinco anos!", afirmou esta mulher conhecida como "Bibi", que prefere ver com humor os comentários sobre sua diferença de idade. Já seu marido denuncia a "misoginia" da sociedade. "Se a diferença de idade fosse ao contrário, não chocaria ninguém. As pessoas pensariam que é normal", disse em entrevista.

Bronzeada todo o ano, adepta das calças ajustadas e dos sapatos de salto agulha, Brigitte já é capa recorrente das revistas de fofoca, fotografada caminhando de mãos dadas com seu marido em Paris, ou usando trajes de banho nas praias do sul da França.

E não se cansa de contar sua história de amor improvável. Nascida em Amiens, em uma rica família de confeiteiros, Brigitte Trogneux parecia que teria outro destino. Quando conheceu Emmanuel, no início dos anos 1990, já estava casada e era mãe de três adolescentes. Na época, tinha 39 anos, era professora de francês e comandava um grupo de teatro no Instituto de Amiens. Ao conhecer o futuro presidente, então um aluno de 15 anos, sentiu-se "totalmente cativada" por sua inteligência.

Status de primeira-dama

Emmmanuel desafiou todos os tabus e declarou seu amor. "Com 17 anos, me disse: 'faça o que fizer, me casarei com você!'", conta. "Pouco a pouco, venceu todas as minhas resistências", acrescentou. Os pais de Macron, ambos médicos, tentaram tirar a ideia da cabeça do filho, enviando-o para um liceu de prestígio em Paris. Ele não desaminou.

"Tinha uma obsessão, uma ideia fixa: viver a vida que havia escolhido com aquela que amava. E fez todo o necessário para conseguir", explica o político centrista em seu livro: "Revolução". Finalmente, Brigitte Trogneux deixou seu marido, que era banqueiro, e se casou em 2007 com Macron, com quem se mudou para Paris. Lá, começou a dar aulas em um instituto particular, enquanto ele trabalhava como funcionário de alto escalão, banqueiro e, finalmente, fazia parte do governo do presidente socialista François Hollande.

Macron prometeu criar um status oficial de primeira-dama, e sua esposa, avó de sete netos, já sabe que quer se dedicar à educação e à cultura, especialmente nos bairros periféricos. "Como professora, conheço bem os jovens. Minha luta será a educação", já declarou Brigitte. "Se os abandonarmos pelo caminho, haverá uma explosão" social, disse no ano passado em uma entrevista à "Paris Match".

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