Os EUA negociavam nesta segunda-feira (15) com a China para chegar a um acordo sobre uma forte condenação do Conselho de Segurança da ONU contra a Coreia do Norte por seu último lançamento de míssil balístico, disseram diplomatas. O Conselho de Segurança terá na terça-feira (16) uma reunião a portas fechadas depois do lançamento, no sábado (13), de um míssil balístico por parte de Pyongyang.
O Conselho condenou em repetidas ocasiões a Coreia do Norte por seus testes de mísseis, mas diplomatas disseram à AFP que desta vez os Estados Unidos buscam endurecer o discurso para enviar uma firme mensagem a Pyongyang. "O que precisamos fazer é mandar uma forte mensagem conjunta de que isso é inaceitável, e acredito que veremos a comunidade internacional fazer isso", disse no domingo a embaixadora dos Estados Unidos, Nikki Haley, em entrevista à rede ABC.
Estados Unidos e Japão solicitaram uma reunião do Conselho para tratar o tema da Coreia do Norte, que acontecerá na terça-feira às 20H00 GMT (16h00 de Brasília).
Os Estados Unidos discutem com a China um endurecimento das sanções. O gigante asiático é aliado de Pyongyang e seu principal parceiro comercial.
"Há muitas sanções que podemos começar a aplicar, seja em petróleo, energia, transporte marítimo ou exportações", disse Haley.
"Podemos fazer muitas coisas diferentes do que fizemos até agora, as opções estão aí", acrescentou.
A Coreia do Norte realizou dois testes atômicos e dezenas de lançamentos de mísseis desde o começo do ano passado, em seus esforços de desenvolver um míssil capaz de alcançar o território dos Estados Unidos.
Resoluções da ONU proíbem a Coreia do Norte de desenvolver tecnologia nuclear e de mísseis balísticos.
O Conselho de Segurança adotou no ano passado sanções para pressionar a Coreia do Norte e negar a seu líder Kim Jong-Un o financiamento necessário para desenvolver seus programas militares.
Reino Unido e França também pressionam para que o Conselho emita uma dura condenação após o último lançamento.
"Obviamente isso tem que ser condenado nos termos mais duros possíveis, muito rápido, e acho que precisamos fazer trabalho de longo prazo para responder à altura os desafios que o regime da Coreia do Norte impõe", disse o embaixador britânico, Matthew Rycroft.
O embaixador da França, Francois Delattre, pediu uma "rápida e firme reação do Conselho de Segurança porque mais uma vez a Coreia do Norte joga uma carta dupla de provocação e escalada", afirmou.