A Venezuela está à beira da crise humanitária e a comunidade internacional deve trabalhar de maneira conjunta para garantir que o presidente Nicolás Maduro restaure a democracia, declarou nesta quarta-feira (17) a embaixadora americana ante a ONU, Nikki Haley.
"Na Venezuela, estamos à beira da crise humanitária", disse Haley antes da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, convocada pelos Estados Unidos para discutir a situação no país sul-americano, onde 42 pessoas morreram em protestos contra o governo nas últimas seis semanas.
"Manifestantes pacíficos foram feridos, detidos e inclusive mortos pelas mãos do seu próprio governo. Não há remédios, os hospitais não têm materiais e é difícil encontrar comida", declarou a embaixadora americana.
"Pelo bem do povo venezuelano, e da segurança da região, devemos trabalhar juntos para nos certificarmos que Maduro acabe com esta violência e opressão, e devolva a democracia ao povo", ressaltou.
Diplomatas informaram que não esperam que a reunião do Conselho, prevista para 12h30 (13h30 no horário de Brasília), estabeleça ações.
Manifestantes opositores organizado cotidianamente protestos desde 1º de abril, furiosos contra as medidas que, segundo eles, fortalecem o poder do presidente Maduro.
A promotoria venezuelana comunicou que um jovem de 17 anos morreu após ter sido atingido por um tiro na cabeça, em um protesto em Pedraza. Outro manifestante de 31 anos morreu na terça-feira (16) após ser atingido no tórax durante protestos em San Antonio de Los Altos, na zona periférica de Caracas.