Os países da Otan concordaram nesta quarta-feira (24) em integrar a coalizão internacional que combate os extremistas do grupo Estado Islâmico (EI), indicou à AFP uma fonte diplomática.
A decisão deve ainda ser aprovada oficialmente na quinta-feira pelos líderes da Aliança.
"Os embaixadores da Otan acabam de tomar a decisão", declarou a fonte, que preferiu não se identificar.
Os Estados Unidos desejavam que a Aliança Atlântica entrasse para a coalizão, da qual já fazem parte vários países aliados de maneira individual.
No entanto, países como a Itália e a França se opunham a esta entrada para não desgastar a imagem da Aliança, já prejudicada pelos bombardeios em 2011 na Líbia, que deixaram uma má recordação nos países árabes, segundo a fonte diplomática.
A Otan forneceu até a data um suporte secundário à coalizão por meio de missões de reconhecimento com seus aviões Awacs e o treinamento de oficiais iraquianos.
Esta fonte diplomática explicou que os embaixadores concordaram com "um plano de ação contra o terrorismo", que inclui "a entrada da Otan na coalizão internacional contra o EI e uma expansão dos voos Awacs".
"Isso significa que os Awacs não só vão monitorar o céu, como também irão coordenar os voos" sobre a Síria e o Iraque, "mas apenas aqueles que não estiverem ligados a bombardeios", disse.
Além de um maior envolvimento na luta contra o terrorismo, o presidente americano Donald Trump, que expressou no passado várias críticas à Otan, também quer que os aliados aumentem suas despesas militares, para atingir 2% do PIB.
"A Otan se unir à coalizão anti-EI seria um passo realmente importante a dar", havia dito mais cedo nesta quarta-feira o chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, a repórteres que acompanham Trump no Air Force One.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, havia dito pela manhã que a Aliança deveria fazer mais na luta contra o terrorismo após o atentado extremista em Manchester (noroeste da Inglaterra), que matou 22 pessoas.