A comissão de investigação da ONU sobre a Síria pediu nesta quarta-feira (14) às partes em conflito uma proteção maior à população e se declarou "gravemente preocupada" com o crescente número de civis mortos, especialmente na ofensiva contra o reduto jihadista de Raqa.
"Constatamos que a intensificação dos bombardeios aéreos, que preparam o terreno para a ofensiva das Forças Democráticas Sírias", aliança árabe-curda apoiada pelos Estados Unidos, para reconquistar Raqa do grupo Estado Islâmico (EI), "gerou não apenas um número aterrador de perdas de vidas de civis, como também levou 160.000 civis a fugir" declarou o presidente da Comissão, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.
"O imperativo de lutar contra o terrorismo não deve (...) acontecer em detrimento dos civis que se encontram involuntariamente nas regiões donde está o EI".
Esta comissão da ONU foi criada em agosto de 2012, poucos meses depois do início da guerra na Síria. É presidida pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro e já elaborou vários relatórios.
Mais de 320.000 pessoas morreram desde o início do conflito na Síria.