Isolamento do Catar pode durar 'anos', diz ministro dos Emirados

Catar é acusado por países dos Emirados Árabes de apoiar o terrorismo, dando suporte aos jihadistas e extremistas islamicos
AFP
Publicado em 19/06/2017 às 10:50
Catar é acusado por países dos Emirados Árabes de apoiar o terrorismo, dando suporte aos jihadistas e extremistas islamicos. Foto: Foto: Pixabay


O isolamento do Catar pode durar "anos", advertiu nesta segunda-feira (19) em Paris uma autoridade dos Emirados Árabes Unidos, que, junto a outros três Estados árabes, impõem um bloqueio a este pequeno reino acusado de apoiar o "terrorismo". 

"Não queremos uma escalada, queremos isolar" o Catar, que deve renunciar ao "apoio aos jihadistas e aos islamitas extremistas", explicou o ministro emirense das Relações Exteriores, Anwar Gargash, a um grupo de jornalistas. 

Gargash declarou que os adversários do Catar, que romperam relações diplomáticas com Doha há duas semanas, "apostam no tempo". 

Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos e Bahrein também fecharam suas fronteiras terrestres e marítimas com o emirado, e impuseram restrições aéreas. 

Gargash acusou o emirado de "construir uma plataforma sofisticada de apoio financeiro, midiático e político" aos islamitas radicais e de abrigara vários de seus líderes. 

Além disso, indicou que os três países do Golfo mais o Egito entregariam uma lista com suas exigências, incluindo a expulsão de personalidades radicais, sem fornecer mais detalhes. 

Gargash considerou que a crise só será resolvida se o Catar "mudar de política", e se comprometer a "cessar seu apoio aos jihadistas e islamitas radicais".

"Estados Unidos, França, Grã-Bretanha ou Alemanha têm o peso político e a experiência técnica para instaurar um mecanismo de vigilância" para garantir o respeito do Catar às exigências impostas, acrescentou o ministro.

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