Após ataque, Venezuela registra protestos e repressão policial

A oposição está nas ruas há 97 dias, exigindo eleições e rechaçando a "fraude constituinte"
ABr
Publicado em 06/07/2017 às 16:30
A oposição está nas ruas há 97 dias, exigindo eleições e rechaçando a "fraude constituinte" Foto: Foto: Ronaldo Schemidt/AFP


Apesar da repressão, a oposição venezuelana convocou seus seguidores a ir às ruas mais uma vez nesta quinta-feira (6), em uma marcha até a sede do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) na capital, Caracas. A informação é da agência Télam.

Enfrentamentos entre tropas de segurança do Estado, civis armados e manifestantes que protestavam contra o governo de Nicolás Maduro foram registrados na noite dessa quarta-feira (5) em várias zonas da Venezuela, poucas horas depois que grupos vinculados ao oficialismo invadiram a sede do Parlamento, deixando um saldo de 20 feridos.

A nova atividade convocada pela oposição se denomina "marcha contra a ditadura" e partirá de 41 pontos da capital, Caracas. De acordo com a oposição, caso sejam reprimidos farão um piquete nos lugares onde ficarem detidos.

Oposição

A oposição está nas ruas há 97 dias, exigindo eleições e rechaçando a "fraude constituinte", por conta da Assembleia convocada por Maduro para redigir uma Constituição e refundar a República, com reunião marcada para o próximo dia 30.

Funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e da Polícia Nacional Bolivariana reprimiram o protesto. Através das redes sociais, moradores difundiram fotografias e vídeos da repressão de soldados uniformados, que lançaram gases lacrimogêneos e atiraram balas de borracha contra edifícios residenciais.

Também se registraram protestos contra a Constituinte comunal convocada por Maduro em zonas populares como Quinta Crespo, San Juan, San Martín, El Paraíso e La Urbina na capital venezuelana.

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