Rebelião em prisão de Acapulco deixa 28 mortos no México

Outras três pessoas ficaram feridas após rebelião que começou com confronto de gangues rivais
AFP
Publicado em 06/07/2017 às 21:32
Outras três pessoas ficaram feridas após rebelião que começou com confronto de gangues rivais Foto: FRANCISCO ROBLES / AFP


Vinte e oito pessoas morreram e outras três ficaram feridas, nesta quinta-feira, durante uma rebelião dentro de uma prisão de Acapulco, um turístico porto do Pacífico mexicano no violento estado de Guerrero, informou um porta-voz de Segurança.

Durante a madrugada, no "centro de reinserção social de Cruces, foi registrada uma briga entre internos, deixando 28 mortos e três feridos", disse em coletiva de imprensa Roberto Álvarez, porta-voz de Segurança de Guerrero

O confronto começou "pela disputa permanente entre grupos opostos no interior da cadeia", afirmou.

Após estas ações, as autoridades ordenaram uma operação conjunta da Polícia Estadual, da Polícia Federal e do Exército, que contou com o apoio de helicópteros.

Estes militares "tomaram o controle de todas as áreas e módulos" da prisão, assim como de seu perímetro externo, assegurou Álvarez.

No entanto, agentes da Procuradoria local realizam trabalhos de investigação e de retirada de cadáveres na área da cozinha da prisão, em um pátio e na área de visitas conjugais, informaram as autoridades.

O confronto entre grupos criminosos rivais ocorreu no módulo de alta segurança desta cadeia, que abriga presos que cumprem penas por crimes federais.

Guardas penitenciários reportaram que quatro vítimas foram degoladas, segundo um relato interno da Polícia Estadual.

O mesmo relatório diz que, quase uma hora depois de iniciada a briga, também escutaram tiros nos dormitórios de segurança máxima e, posteriormente, 500 presos se concentraram no pátio principal de forma pacífica.

Palco de rebeliões

Em junho, pelo menos sete pessoas morreram, três delas policiais, durante uma operação para recuperar o controle da prisão de Ciudad Victoria, em Tamaulipas, que foi cenário de fugas e confrontos entre os presos.

As prisões mexicanas, principalmente as que estão sob controle dos governos estaduais, são palco de rebeliões, assassinatos e fugas, e a maioria apresenta graves problemas de lotação.

Guerrero é um dos estados mais pobres do México e um dos mais atingidos pelo tráfico e pelo crime organizado, em meio à disputa pelo controle de territórios e de atividades criminosas entre diversos grupos.

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