O Parlamento Europeu (PE) analisará na próxima quinta-feira (13), em Bruxelas, os avanços nas tratativas para firmar um acordo de livre comércio com o Mercosul. Os deputados europeus ainda examinam os ajustes de alguns pontos, em particular o que se refere ao impacto do acordo sobre diferentes produções agropecuárias. A informação é da Agência Télam.
Essas resistências encontram uma posição mais extrema em posicionamentos como o da eurodeputada Sophie Montel, do ultradireitista partido Frente Nacional da França, que diretamente pediu à Comissão Europeia (o órgão executivo da UE) “que renuncie a toda negociação com o Mercosul destinada a firmar um acordo de livre comércio”.
Face a esses temores, o irlandês Phil Hogan (comissário de Agricultura e Desenvolvimento Rural) admitiu que em alguns setores agrícolas europeus “se podem produzir efeitos adversos”, ainda que outros, disse, sejam beneficiados. Um caso particular, segundó ele, é o do setor de carnes, que “deve ser considerado como sensível no contexto das negociações UE-Mercosur”. Em outras palavras, precisou, “o setor da carne não pode ser totalmente liberado e as concessões devem estar sujeitas a um limite quantitativo apropriado”.
À margem da questão agropecuária, a próxima ronda de negociações entre ambos os blocos, este mês em Bruxelas, está precedida de importantes conquistas relacionadas com as três partes do futuro acordo: o aspecto comercial, o diálogo político e a cooperação bi-regional em áreas como a promoção da democracia e dos direitos humanos, a luta contra a pobreza e o tráfico de drogas, a pesquisa científica e o desenvolvimento sustentável.