O líder opositor venezuelano Leopoldo López continua "privado de sua liberdade", apesar de ter saído da prisão, afirmou nesta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (EACDH na sigla em inglês), que pediu a libertação de todas as pessoas detidas "arbitrariamente".
"Tomamos nota da decisão da Corte Suprema da Venezuela de colocar Leopoldo López sob prisão domiciliar", indicou o EACDH em um comunicado, no qual afirma que este é um "passo na direção correta".
Mas o texto afirma que "López continua privado de sua liberdade, apesar do Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária da ONU (...) considerar que foi detido arbitrariamente".
López, que passou três anos e cinco meses em uma prisão militar, voltou para casa no sábado e está em prisão domiciliar.
Mais de 100 dias de protestos na Venezuela contra o presidente Nicolás Maduro deixaram ao menos 93 mortos em um país que enfrenta uma devastadora crise econômica.
O EACDH reiterou a "preocupação" com os mais de 3.600 casos de detenções nos protestos e as mais de 1.100 pessoas que, "segundo fontes da sociedade civil, se encontram detidas em relação com os protestos".
"Pedimos a libertação imediata de todos os que se encontram arbitrariamente detidos, incluindo os que estão sendo julgados por tribunais militares", completa o comunicado.