Trump visita Paris e tenta esquecer crise em Washington

Durante a viagem ele comparecerá ao desfile militar de 14 de julho, festa nacional francesa
AFP
Publicado em 13/07/2017 às 7:04
Durante a viagem ele comparecerá ao desfile militar de 14 de julho, festa nacional francesa Foto: Foto: SAUL LOEB / AFP


Em plena tempestade política por um suposto conluio com a Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desembarcou nesta quinta-feira (13) na França para uma visita de dois dias, durante a qual comparecerá ao desfile militar de 14 de julho, festa nacional francesa.

O avião presidencial Air Force One pousou no aeroporto parisiense de Orly. Trump dedicará a manhã de quinta-feira a encontros com funcionários civis e militares americanos, antes de iniciar a parte diplomática e comemorativa da visita. 

O presidente americano e sua esposa Melania serão os convidados de honra do presidente Emmanuel Macron durante o tradicional desfile militar de 14 de julho na avenida Champs Elysées, coincidindo com o centenário da entrada dos Estados Unidos na I Guerra Mundial.

Com o convite, Macron, um centrista pró-europeu de 39 anos que assumiu a presidência francesa há apenas dois meses, espera iniciar uma relação privilegiada com o imprevisível presidente americano.

Macron explicou que França e Estados Unidos têm pontos de convergência essenciais. 

"A luta contra o terrorismo e a proteção de nossos interesses vitais. Seja no Oriente Médio ou na África, nossa cooperação com os Estados Unidos é exemplar", disse em uma entrevista ao jornal Ouest-France. 

"Precisamos dos Estados Unidos", admitiu. 

Agenda intensa de Trump

A agenda intensa de Trump, que inclui uma cerimônia militar de boas-vindas no Palácio dos Inválidos, a visita ao túmulo do imperador Napoleão, encontros bilaterais e um jantar na Torre Eiffel, contribuirá para que o magnata republicano de 71 anos esqueça, ao menos por algumas horas, de seus problemas em Washington.

Seu filho mais velho, Donald Trump Jr., está envolvido em uma polêmica sobre contatos com a Rússia, em mais um capítulo do interminável escândalo sobre a suposta interferência do Kremlin nas eleições presidenciais de 2016.

Na quarta-feira, o canal CNN divulgou um vídeo que mostra o presidente Donald Trump em um jantar há quatro anos com figuras-chave da controvérsia sobre a suposta ingerência da Rússia nas eleições.

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