Nesta terça-feira (25), a Comissão de Justiça do Senado americano convocou Paul Manafort, ex-diretor da equipe de campanha do então candidato Donald Trump, para testemunhar na Casa, no âmbito de sua investigação sobre as denúncias de interferência russa na eleição presidencial do ano passado.
Manafort foi convocado a comparecer nesta quarta-feira (26) a uma audiência pública no Senado para explicar seus vínculos com a Rússia.
Ele negociava com a comissão para evitar uma audiência pública e substituí-la por um encontro a portas fechadas, cujo teor seria divulgado somente depois. As tratativas fracassaram, segundo membros dessa comissão.
"Assim como para as outras testemunhas, eventualmente, estaríamos dispostos a dispensá-lo da audiência de quarta-feira, se estivesse disposto a produzir documentos e se aceitasse uma conversa transcrita", declararam o republicano Chuck Grassley e a democrata Dianne Feinstein, em um comunicado.
Várias comissões investigam a trama russa e se interessam pelo círculo mais próximo do ex-candidato republicano. Além de Paul Manafort, o filho mais velho do presidente - Donald Trump Jr. - também negocia para escapar de uma audiência pública.
Na segunda-feira (24), o genro e assessor pessoal de Trump, Jared Kushner, compareceu a uma comissão de Inteligência do Senado, onde negou qualquer conluio com o governo russo durante a campanha eleitoral de 2016.
Além do Congresso, o ex-diretor do FBI Robert Mueller lidera, na condição de procurador especial independente, uma investigação sobre o imbróglio russo.