Trump: Forças Armadas dos EUA não aceitarão pessoas transgênero

Trump acrescentou que a decisão foi tomada "depois de consulta com generais e especialistas militares"
AFP
Publicado em 26/07/2017 às 11:40
Trump acrescentou que a decisão foi tomada "depois de consulta com generais e especialistas militares" Foto: Foto: AFP


O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (26) que as Forças Armadas de seu país não aceitarão, nem permitirão a presença no serviço de pessoas transgênero, em função dos custos médicos e dos transtornos que representam.

"Nossos militares devem estar concentrados na vitória decisiva e arrasadora", alegou o presidente em sua conta no Twitter.

Trump acrescentou que a decisão foi tomada "depois de consulta com generais e especialistas militares".

Em junho, o secretário americano da Defesa, Jim Mattis, suspendeu por seis meses um plano elaborado durante o governo de Barack Obama para aceitar recrutas transgênero.

Calcula-se que entre 2.500 e 7.000 pessoas transgênero sirvam em diversos setores das Forças Armadas dos Estados Unidos.

A questão dos direitos dos transgêneros se tornou, em 2016, centro de uma controvérsia sobre a adoção de regulação para cada Estado a respeito do uso de banheiros públicos comuns.

Já em fevereiro o governo Trump enfrentou protestos pela decisão de suspender uma normativa adotada pela administração Obama, que incentivava as escolas públicas a permitir que os alunos usassem o banheiro correspondente a sua identidade de gênero.

Militar transgênero

O mais famoso militar transgênero nos Estados Unidos é a ex-analista de Inteligência Chelsea Manning, que passou sete anos na prisão por vazar milhares de documentos sigilosos das Forças Armadas ao site WikiLeaks.

Manning ingressou nas Forças Armadas e começou sua carreira militar como o soldado Bradley Manning. Durante seu período em prisão, começou um tratamento hormonal e o processo de transição até adotar seu novo nome.

Perdoado por Obama nos últimos dias de seu governo, Manning ainda é ligado ao Exército americano e mantém os benefícios de seu posto, mas se transformou em um ícone para os ativistas dos direitos humanos das pessoas transgênero.

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