Espanha nega extradição de advogado ligado a escândalo da Petrobras

O advogado hispano-brasileiro Rodrigo Tacla Durán, suspeito de envolvimento no escândalo da Petrobras, não será extraditado para o Brasil
AFP
Publicado em 28/07/2017 às 13:30
O advogado hispano-brasileiro Rodrigo Tacla Durán, suspeito de envolvimento no escândalo da Petrobras, não será extraditado para o Brasil. Foto: Foto: AFP/Arquivos


O advogado hispano-brasileiro Rodrigo Tacla Durán, funcionário da empreiteira Odebrecht suspeito de envolvimento no escândalo da Petrobras, não será extraditado para o Brasil, mas poderá ser julgado na Espanha, informou uma fonte judicial à AFP nesta sexta-feira (28).

Em uma resolução definitiva datada de 25 de julho e recebida nesta sexta, a Audiência Nacional espanhola considerou o recurso apresentado por esse advogado de 43 anos, o que deixa sem efeito a extradição inicialmente decidida por esse alto tribunal em 15 de junho passado.

Para justificar sua decisão, a Audiência Nacional invocou o "princípio de reciprocidade", e o Brasil não extradita seus nacionais. Por se tratar de um cidadão que também tem nacionalidade espanhola, a corte considerou sua entrega como "não procedente".

A instituição afirma, porém, que "se as autoridades brasileiras solicitarem, Rodrigo Durán Tacla será submetido a processo na Espanha, devendo - para esse caso - fornecer os meios de prova precisos para seu julgamento".

Rodrigo Tacla Durán foi detido em novembro passado em Madri. Sua extradição havia sido solicitada pelo Brasil, onde é acusado de pagamento de propina, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo documento judicial ele faria parte de uma rede de empresas que pagaram "subornos de forma sistemática aos dirigentes da empresa estatal" para obter concessões de obras.

A corte afirma que Tacla Durán foi um dos "chamados operadores financeiros" de empresas como a UTC Engenharia.

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