Venezuela teria pago US$ 30 milhões a Odebrecht por obras inacabadas

Procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz, acusou principal tribunal venezuelano de obstruir Ministério Público nas investigações do caso
Estadão Conteúdo
Publicado em 01/08/2017 às 3:54
Procuradora-geral do país, Luisa Ortega Díaz, acusou principal tribunal venezuelano de obstruir Ministério Público nas investigações do caso Foto: Foto: AFP


A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, disse hoje que o Ministério Público tem abertas 36.124 investigações por corrupção no país e as que mais preocupam são as que envolvem contratos com a construtora Odebrecht. Luisa disse que os contratos envolvem gastos de US$ 30 milhões em 11 obras inacabadas.

Há cerca de duas semanas, a procuradora-geral afirmou que o Tribunal Supremo de Justiça do país trata de impedir que se realize a perseguição penal das pessoas envolvidas nas supostas operações irregulares da construtora brasileira Odebrecht no país.

Perseguição penal

Ela acusou o principal tribunal do país de proferir uma sentença para "impedir" que o Ministério Público possa exercer a perseguição penal dos envolvidos e que a ação contra ela e a Procuradoria Geral "atenta" contra a independência dos Ministérios Públicos da região.

Em junho, o Supremo abriu um processo contra a procuradora-geral, que tem enfrentado os governistas. A legislação venezuelana permite que a Procuradoria Geral cite alguém como implicado em um suposto crime, mas o Tribunal Supremo determinou que isso só deve ocorrer na presença de um juiz.

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