O presidente de Israel, Reuven Rivlin, declarou nesta quarta-feira (16) estar abalado com as demonstrações de antissemitismo ocorridas em Charlottesville, mas destacou que confia na capacidade dos líderes dos Estados Unidos para enfrentar este "desafio".
Rivlin fez tal declaração no momento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, é duramente criticado, inclusive por membros de seu próprio partido republicano, após ter atribuído a violência durante a manifestação de sábado passado em Charlottesville tanto a supremacistas brancos quanto a grupos antirracistas.
Sob o nome de "Unite the Right Rally", a manifestação em Charlottesville reuniu grupos da direita radical, entre eles a Ku Klux Klan e neonazistas que carregavam bandeiras com a suástica e gritavam frases antissemitas.
Durante os incidentes, uma mulher morreu quando um simpatizante neonazista atropelou um grupo de manifestantes antirracistas.
"A ideia de ver uma bandeira nazista - talvez o símbolo mais violento do antissemitismo - nas ruas de uma das grandes democracias mundiais e de um dos aliados mais apreciados de Israel é quase inacreditável", escreveu o chefe de Estado israelense em mensagem à Conferência de Presidentes de Organizações Judaicas dos Estados Unidos.
Rivlin acrescentou que "Estados Unidos e seus dirigentes saberão como enfrentar este difícil desafio e provar ao mundo a solidez e a força de sua democracia".
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, condenou o "neonazismo e o racismo" nesta cidade da Virgínia, após Trump denunciar o racismo e tachar os grupos neonazistas de "repugnantes".