O governo do Chile expressou nesta sexta-feira (18) sua "firme" condenação a decisão da Assembleia Constituinte da Venezuela de assumir as competências do Parlamento, controlado pela oposição, o que leva Santiago a intensificar consultas com países vizinhos para aplicar a Carta Democrática Interamericana.
A decisão da Constituinte, que segue com poderes absolutos na Venezuela, foi recusada pela oposição venezuelana, que denunciou a dissolução do Parlamento pelo governo de Nicolás Maduro.
O Chile expressou sua "firme condenação" ao decreto da Constituinte que "ratifica a ruptura da ordem democrática e constitucional na Venezuela", de acordo com um sucinto comunicado divulgado pela chancelaria em Santiago.
No mesmo documento, reitera "não reconhecer" a decisão da Constituinte e "decide intensificar consultas a países próximos com o propósito de aplicar a Carta Democrática Interamericana à Venezuela", acrescenta a nota.
A Carta foi aprovada em 2001 com o objetivo de fortalecer e preservar a institucionalidade democrática nas Américas.
Nesta sexta-feira (18), o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) requisitou com urgência uma reunião especial do órgão visando tratar a recente decisão da Constituinte.
O diplomata uruguaio denunciou a eleição da Constituinte impulsionada por Maduro classificando-a como "tremenda fraude", ainda que a OEA não definiu em suas reuniões uma posição comum sobre a crise venezuelana.