Autoridades russas não comentaram o fato de o Estado Islâmico (EI) ter declarado que o homem que feriu neste sábado (19) oito pessoas na cidade de Surgut era um "soldado" da organização jihadista.
Um comunicado atribuído ao Estado Islâmico, divulgado no aplicativo de mensagens Telegram, informou que "uma fonte de segurança afirmou à Amaq (rede de notícias associada ao grupo jihadhista) que o autor do esfaqueamento na cidade russa é um soldado do Estado Islâmico".
Horas após o anúncio, o Comitê de Instrução (CI) da Rússia - a autoridade judicial que investiga o ataque - mantém o silêncio tanto sobre a identidade do agressor quanto sobre os motivos que geraram o ataque.
Após afirmar que o agressor foi identificado como "um morador da cidade nascido em 1994", o comitê não precisou a identidade do homem, morto pela polícia minutos depois de ter ferido com uma faca as pessoas no centro de Surgut.
Enquanto isso, meios de comunicação russos deram dois nomes diferentes ao agressor, ambos de origem muçulmana.
O site Lenta.ru identificou o agressor como Bobichel Abdurajmanov, de 23 anos, e oriundo da Ásia Central, com base em informações oferecidas por duas fontes anônimas das forças de segurança de Surgut. As autoridades, segundo a publicação, investigam se Abdurajmanov se interessava pelas correntes do Islã radical.
Pouco depois, o popular site informativo Life.ru escreveu que o agressor chamava-se Artur Gadzhiev, um jovem de 19 anos procedente da república do Daguestão, no conflituoso Cáucaso Norte russo. Segundo este meio, o pai de Gadzhiev era vigiado pelas forças de segurança como possível extremista religioso.
O CI afirmou após o ataque que o atentado terrorista não está entre as versões prioritárias do ocorrido e que investigará o histórico médico do agressor para averiguar se era portador de alguma doença psiquiátrica. As autoridades de saúde informaram que quatro dos sete feridos estão em estado grave.