Os bombeiros italianos resgataram nesta terça-feira (22), após 16 horas de trabalho, o terceiro menino que estava preso nos escombros provocados pelo terremoto de 4,0 graus registrado na segunda-feira (22) na ilha italiana de Ischia, que deixou dois mortos.
O resgate foi muito aplaudido. Os bombeiros trabalharam sem trégua para resgatar Ciro, o último dos três irmãos a ser retirado dos destroços da casa da família na localidade de Casamicciola, noroeste da turística ilha.
O Departamento de Proteção Civil informou que uma idosa faleceu na localidade de Casamicciola, noroeste da ilha, ao ser atingida pelo material que caiu de uma igreja. Outras 25 pessoas ficaram levemente feridas.
A imprensa italiana informou que o corpo de outra mulher foi encontrado nos escombros de uma casa.
Durante a madrugada, os bombeiros salvaram Pasquale após várias horas de esforços. As equipes prosseguiram com o trabalho de retirada dos escombros, com muita precaução, e conseguiram salvar das ruínas o segundo irmão, Mattias, que foi resgatado às 10H30 locais.
De acordo com a imprensa local, os dois meninos, de 4 e 7 anos, se refugiaram debaixo de uma cama e o mais velho está em contato com os bombeiros por telefone.
A mãe dos meninos, que está grávida e foi resgatada horas antes ao lado do pai da família, foi quem alertou as equipes de emergência.
O diretor da Proteção Civil, Angelo Borrelli, explicou que duas localidades da ilha, Casamicciola e a vizinha Lacco Ameno, muito procuradas durante o verão, foram as mais afetadas pelo terremoto.
O tremor aconteceu às 20H57 de segunda-feira(15H57 de Brasília), com epicentro localizado a 10 km da ilha.
O terremoto foi seguido por 14 tremores secundários, informou Borrelli.
Vários edifícios desabaram e outros apresentavam rachaduras e danos após o terremoto relativamente fraco, o que provocou muito debate sobre a falta de medidas e controles de segurança das construções.
O ex-promotor de Nápoles Aldo de Chiara denuncio no jornal Il Corriere della Sera o elevado número de construções ilegais, realizadas com material de baixa qualidade, em uma zona de intensa atividade sísmica, de origem vulcânica e apreciada como destino turístico internacional.
O único hospital da ilha, situado em Lacco Ameno, foi parcialmente esvaziado, mas as autoridades criaram uma estrutura provisória para atender os feridos.
Cinco pacientes foram levados de helicóptero para outro hospital da região.
Uma embarcação com capacidade para 1.000 passageiros chegou à ilha para retirar as pessoas que desejam abandonar o local após o terremoto.
O tremor aconteceu poucos dias antes do primeiro aniversário, na quinta-feira, do terremoto que deixou 299 mortos em Amatrice e em municípios vizinhos do centro do país.
Em outubro de 2016 e janeiro 2017 três terremotos abalaram a mesma região.