O papa Francisco visitará Mianmar e Bangladesh de 27 de novembro a 2 de dezembro, uma viagem a dois países asiáticos onde os católicos são minoria, anunciou o Vaticano nesta segunda-feira (28).
De 27 a 30 de novembro, o pontífice visitará a capital birmanesa, Yangun, e a cidade de Nay Pyi Taw. Depois viajará até a capital de Bangladesh, Dacca, onde permanecerá até 2 de dezembro.
A defesa da minoria muçulmana rohingya, duramente perseguida, será um dos temas de sua visita a Mianmar.
No domingo, durante o Angelus, o papa expressou preocupação com os rohingyas e pediu respeito a seus direitos.
Esta será a segunda visita de um papa a Bangladesh, depois da viagem de João Paulo II em 1986, e a primeira de um pontífice a Mianmar.
Antes, o papa viajará a Colômbia de 6 a 11 de setembro e depois visitará Chile e Peru, de 15 a 21 de janeiro de 2018.
Em Bangladesh, país de maioria muçulmana, como em Mianmar, de maioria budista, os cristãos representam um percentual muito pequeno da população, ao qual Francisco dá muita atenção. Recentemente designou os dois primeiros cardeais bengaleses da história, Patrick D’Rozario e Charles Bo.
Em 4 de maio, a Santa Sé e Mianmar estabeleceram relações diplomáticas após uma audiência no Vaticano entre o papa e a líder birmanesa Aung San Suu Kyi.
Com as viagens, o papa deseja melhorar as relações com muçulmanos e budistas, além de chamar a atenção da comunidade internacional para o drama dos rohingyas, minoria esquecida que em 2015 iniciou um grande êxodo para países limítrofes que não querem recebê-los.