MP faz ações para prender suspeitos de fraudes no Rio de Janeiro

Operações do Ministério Público do Rio de Janeiro busca prender suspeitos envolvidos em fraudes em licitações e na corrupção no Detran
ABr
Publicado em 31/08/2017 às 10:58
Operações do Ministério Público do Rio de Janeiro busca prender suspeitos envolvidos em fraudes em licitações e na corrupção no Detran Foto: Foto: Reprodução/Google Street View


O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro cumpre nesta quinta-feira (31) mandados de prisão contra suspeitos de participação em esquemas de corrupção e fraude em dois municípios no estado do Rio de Janeiro. A Operação Flexus busca prender cinco suspeitos de fraudar licitações na prefeitura de Guapimirim, enquanto a Operação Asfalto Sujo II cumpre três mandados de prisão preventiva contra acusados de corrupção no posto do Detran, em Magé.

Entre os alvos da Operação Flexus estão dois ex-prefeitos de Guapimirim e um oficial da Polícia Militar. Os ex-mandatários são suspeitos de contratar, por meio de licitações fraudulentas, a organização não governamental (ONG) Casa Espírita Tesloo, para fornecimento de mão
de obra terceirizada.

Nos dois mandatos, a ONG recebeu mais de R$ 84 milhões em contratos, mas não há provas de que os funcionários contratados trabalhassem para a ONG ou para a prefeitura.

Fraudes no Detran

Já a Operação Asfalto Sujo II resultou na denúncia de 24 pessoas à justiça, por corrupção e fraudes em um posto de vistoria do Detran-RJ, no município de Magé. Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão.

Os acusados foram denunciados por organização criminosa, corrupção ativa e passiva e inserção de dados falsos em sistema público informatizado, praticados entre abril de 2013 e outubro de 2014.

Segundo investigações da Polícia Civil, funcionários e ex-funcionários denunciados produziam e emitiam documentos públicos falsos referentes a vistorias de veículos irregulares e transferências de propriedade, entre outros serviços prestados pelo Detran. Todos recebiam parte da propina ao longo da tramitação dos procedimentos.

Entre os alvos dos mandados de prisão figura um ex-secretário municipal de Habitação e Urbanismo de Magé, apontado pela denúncia como um dos líderes do esquema por nomear pessoas de confiança e receber pela arrecadação das atividades ilícitas, e um ex-secretário de governo.

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