O governo chinês deve evacuar áreas propensas a inundações e deslizamentos, ao longo desta terça-feira (12), diante da iminente chegada do Tufão Talim, que deve tocar a terra no sudeste do país, no final desta semana, informou o jornal independente South China Morning Post. Cerca de 500 mil pessoas devem ser afetadas pela medida.
O Departamento de Meteorologia da província de Fujian anunciou hoje a chegada deste fenômeno atmosférico de força e intensidade iguais ao Irma (categoria 4-5), o furacão que castiga há dias a região do Caribe e o Sudeste dos Estados Unidos, com ventos de mais de 200km/h.
Liu Aiming, engenheiro-chefe do departamento, disse ao jornal que a maioria das pessoas que seria afetada pelo tufão mora em áreas propensas às inundações e deslizamentos de terra e em locais que não seriam resistentes para aguentar a passagem do Talim.
O tufão Talim surgiu na costa das Filipinas no último sábado e, antes de chegar à China, passará pelo norte da ilha de Taiwan onde o governo local convocou ontem uma reunião extraordinária para ativar um centro de resposta de emergências em cooperação com as autoridades locais.
O Centro Meteorológico Central de Taiwan emitiu um alerta marítimo e anunciou que o Talim começará a afetar a ilha com ventos e chuvas fortes amanhã, em uma área povoada da ilha.
Os mercados estão cheios, com longas filas e a população local busca comprar produtos antes da chegada do Talim, temendo que a tempestade destrua colheitas e aumente o preço das frutas e verduras.
Os danos de Talim na ilha dependerão da sua atual trajetória, mas diante de experiências passadas, existe o receio de interrupções no fornecimento de energia elétrica a centenas de milhares de usuários. Também não estão descartadas inundações e deslizamentos de terra e rochas.
Os tufões do Pacífico castigam Taiwan todos os anos, causando não apenas fortes prejuízos à agricultura e infraestrutura, mas também vítimas. Em 2009, o tufão Morakot causou a morte de aproximadamente 700 pessoas, em 2009.
*As informações são da agência de notícias EFE