O presidente Donald Trump visita a Flórida nesta quinta-feira (14), estado castigado pela tempestade tropical Irma e de luto após a morte de oito moradores de um lar para idosos.
Com esses novos óbitos, sobe para 20 o número de mortos - direta, ou indiretamente - pela passagem de Irma. Nas ilhas caribenhas, a tempestade deixou pelo menos 41 vítimas letais, sendo dez em Cuba.
O episódio expõe a urgência de se restaurar o abastecimento de energia para milhões de pessoas nesse estado do sul dos EUA. Este ponto foi reafirmado hoje por Trump.
O governo federal, Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, sigla em inglês), o governo da Flórida e as companhias do setor elétrico formaram "a maior combinação humana já vista em uma única zona para restabelecer a eletricidade, e isso acontecerá rapidamente", disse Trump, ainda em Washington.
Trump, sua mulher, Melania, e o vice-presidente Mike Pence visitam a cidade de Fort Myers, onde receberão informações sobre os esforços de recuperação. Depois, o trio segue para Naples, onde se reúne com vítimas de Irma.
A visita acontece no momento em que aqueles que fugiram da tempestade tentam voltar para suas casas, e enquanto as empresas correm contra o relógio para normalizar o fornecimento de luz para milhões de usuários.
O governador da Flórida, Rick Scott, disse estar "absolutamente arrasado" ao saber da morte dos residentes de um lar para idosos em Hollywood, no norte de Miami.
Três dos mortos tinham mais de 90 anos, e a vítima mais jovem, 70, segundo as autoridades. Os outros 115 idosos foram hospitalizados, alguns com desidratação, ou problemas respiratórios. Agora, com a melhora no tempo e o céu se abrindo, a Flórida sofre com a alta umidade e uma temperatura de mais de 30°C.
Scott exigiu "respostas sobre como essa tragédia aconteceu" e pediu que os serviços de emergência "verifiquem imediatamente se os lares para idosos e os estabelecimentos de vida assistida são capazes de garantir a segurança de seus moradores".
Residentes da Flórida que atenderam às convocações de evacuação antes da chegada da tempestade enfrentavam grandes engarrafamentos para voltar, após passarem dias em abrigos, ou na casa de amigos, ou de familiares.
Por causa do Irma, que tocou o solo no domingo nos Keys da Flórida como furacão categoria 4, mais de seis milhões de pessoas foram retiradas.
Pelo menos 25% das casas nos Keys foram destruídas, segundo a Fema, que também apontou que 65% das construções sofreram algum dano nessas ilhas com cerca de 70.000 habitantes.
No Caribe, o presidente francês, Emmanuel Macron, viajou na quarta-feira para St. Barts, após visitar St. Martin, ambos territórios ultramarinos da França. Macron foi defender a ação de seu governo diante da tragédia e garantir um "rápido retorno à normalidade" para essas duas ilhas arrasadas pelo Irma na semana passada.
França, Grã-Bretanha e Holanda foram criticados pela gestão em seus territórios caribenhos, sobretudo, diante da magnitude da destruição.
Habitantes das ilhas se queixam de problemas de segurança e da escassez de comida e de água, assim como da falta de energia elétrica.
Ontem, o ministro britânico das Relações Exteriores, Boris Johnson, visitou as Ilhas Virgens britânicas e Anguila e também destacou o "compromisso absoluto" com seus cidadãos.
Já o rei da Holanda, Willem-Alexander, esteve no lado holandês de St. Martin, ilha compartilhada com a França.