Pelo menos 118 combatentes morreram desde ontem em lutas entre as forças governamentais sírias e o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), que lançou um contra-ataque para atingir os soldados leais ao governo no leste do país. A informação é da EFE.
De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, 73 dos mortos eram integrantes das tropas governamentais, sendo 34 estrangeiros, e 45 eram membro do grupo terrorista. Segundo a ONG, dezenas ficaram feridos nos dois lados.
O Observatório alertou que os combates continuam e se estendem de Deir ez-Zor a Al-Sukhnah, perto da fronteira com Homs, que é bombardeada pela aviação russa, aliada do Exército sírio.
O EI tomou o controle do povoado Al Shula, ao oeste de Deir ez-Zor, e fechou a estrada que liga esta província com Damasco, enquanto as forças governamentais recuperaram o domínio de alguns pontos que perderam ontem nas imediações de Al-Sukhnah.
Em vários comunicados divulgados através da rede Telegram, os extremistas falam de ataques e de um atentado cometido por seus seguidores contra as tropas governamentais sírias e aliadas. Além de dezenas de mortos, os jihadistas afirmam que capturaram dois soldados russos e três sírios, mas isso não foi confirmado pelo governo da Síria nem pelo da Rússia.
Mais cedo, a agência de notícias oficial da Síria, Sana, informou que unidades militares tinham repelido um ataque dos radicais na estrada que liga Deir ez-Zor à cidade histórica de Palmira, e que conduz a Damasco. O EI lançou este contra-ataque depois que ontem o Exército sírio, apoiado pela aviação russa, cercou os extremistas em Deir ez-Zor, um dos principais redutos dos jihadistas na Síria.
Também nesta sexta-feira (29) as Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por milícias curdas, arrebataram do Estado Islâmico (EI) o controle da estratégica cidade síria de Al Suwar, na província nordeste de Deir ez-Zor.
Na quinta-feira (28) o líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, reapareceu em uma suposta gravação de áudio na internet, cuja autenticidade ainda não foi comprovada, discursando para os seus seguidores no Iraque e na Síria, depois que várias notícias sobre a sua morte foram divulgadas.