China acusa ex-dirigentes do Partido Comunista de conspiração

Os três ex-dirigentes do partido da China foram acusado também por corrupção
AFP
Publicado em 30/10/2017 às 8:25
Os três ex-dirigentes do partido da China foram acusado também por corrupção Foto: Foto: Pixabay


O Partido Comunista da China anunciou nesta segunda-feira que desbaratou um complô de três ex-dirigentes do país, poucos dias depois do fim do congresso quinquenal que consolidou o poder do presidente Xi Jinping.

Um relatório apresentado ao congresso pela Comissão de Inspeção Disciplinar acusa, em particular, uma figura importante do partido, Sun Zhengcai, destituído em julho, oficialmente por corrupção, depois de seu envolvimento em um complô, informou a agência estatal Xinhua.

Sun, a maior autoridade chinesa a cair em desgraça nos últimos cinco anos, teria se associado a outros dois dirigentes importantes, que estão presos após condenações por casos de corrupção nos últimos dois amos: Ling Jihua, ex-chefe de gabinete do ex-presidente Hu Jintao, e Zhu Yongkang, ex-diretor dos serviços de segurança.

"Zhu Yongkang, Sun Zhengcai, Ling Jihua e outros violaram gravemente a disciplina e as regras políticas do Partido, e por ambição política recorreram à conspiração", afirma o relatório citado pela imprensa oficial.

O Partido Comunista da China (PCC) "detectou a tempo, administrou com determinação e erradicou os arrivistas conspiradores", completa o informe, sem revelar detalhes.

O documento acusa "grupos de interesse" não especificados de "atentar gravemente contra a segurança política do Partido e do país".

Xi Jinping

As acusações foram reveladas após o XIX Congresso do PCC, que consolidou substancialmente o poder de Xi Jinping, cujo "pensamento" passou a integrar a Carta do Partido, uma honra até então reservada em vida apenas a Mao Tsé-Tung, o fundador do regime comunista.

Xi obteve um segundo mandato de cinco anos à frente do PCC, ou seja, do país.

Desde sua chegada ao poder no fim de 2012, Xi Jinping se destacou por uma guerra aberta contra a corrupção que provocou a punição a 1,5 milhão de pessoas, segundo os números oficiais. Alguns analistas, no entanto, acusam o governo de aproveitar a situação para afastar do regime os rivais políticos.

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