ONU: tratamento de Mianmar aos rohingyas conteria elementos de genocídio

Rohingyas estariam sofrendo repressão e maus tratos pelo povo birmanês
AFP
Publicado em 05/12/2017 às 8:46
Rohingyas estariam sofrendo repressão e maus tratos pelo povo birmanês Foto: Foto: Wai Moe / AFP


O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, afirmou nesta terça-feira (05) que o tratamento de Mianmar à minoria muçulmana rohingya pode conter "elementos de genocídio".

"Considerando a discriminação sistemática da qual são vítimas os rohingyas, as torturas ou maus-tratos, os deslocamentos forçados e a destruição sistemática de vilarejos (...) se pode negar a possível presença de elementos de genocídio?", questionou durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos em Genebra.

Condenando os ataques "em massa, sistemáticos e de uma brutalidade que provocam consternação" contra esta comunidade, o Alto Comissário pediu aos 47 Estados membros do Conselho que "tomem as ações apropriadas para acabar agora com esta loucura".

Um total de 626.000 rohingyas, mais da metade desta comunidade muçulmana concentrada no oeste de Mianmar, se refugiaram em Bangladesh desde o fim de agosto. Os rohingyas são a maior população apátrida do mundo.

A ONU denunciou em várias ocasiões a "limpeza étnica" das autoridades birmanesas, majoritariamente budistas.

O Alto Comissário também lamentou o veto à entrada dos investigadores na região oeste de Mianmar.

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