Os pilotos da Ryanair na Itália anunciaram a suspensão da greve programada para esta sexta-feira após a decisão da companhia aérea de aceitar, pela primeira vez, a existência de sindicatos dentro da empresa.
É "um passo muito importante" para a defesa dos direitos dos trabalhadores, comentou a Associação Nacional de Pilotos da Aviação Civil (Anpac), que elogiou "a coesão mostrada pelo pessoal, a solidariedade expressa pelas organizações europeias da categoria e a dura posição tomada pelos políticos italianos a favor do direito à greve".
O sindicato pediu a suspensão da greve programada para durar quatro horas na tarde desta sexta-feira (15).
Os pilotos pedem o reconhecimento de outras categorias, como assistente de voo e engenheiros.
"Não se pode falar só com uma parte dos funcionários", comentou Antonio Piras, secretário-geral do sindicato de transporte Fit-Cisl.
"Há anos denunciamos as condições de trabalho da Ryanair. Eles pensavam que podiam funcionar ignorando os direitos de seus funcionários e, agora, diante da realidade, começam a abrir os olhos", explicou.
"A empresa irlandesa paga salários baixos a seus comissários de bordo (...), obrigada que eles paguem seus cursos de capacitação exigidos por lei, os uniformes, a água, a comida', denunciou.