Novas manifestações por Jerusalém deixa mortos

As manifestações violentas foram desencadeadas pelo reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelos EUA
AFP
Publicado em 22/12/2017 às 12:40
As manifestações violentas foram desencadeadas pelo reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelos EUA Foto: Foto: AFP


Novas manifestações contra o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como a capital de Israel terminaram com dois mortos e vários feridos nesta sexta-feira (22) nos Territórios palestinos, indicaram autoridades da Saúde.

Zakaria Al Kafarneh, de 24 anos, e um outro homem ainda não identificado foram baleados por soldados israelenses na Faixa de Gaza, durante tumultos ao longo do muro que separa Israel do enclave palestino, indicou o ministério.

Trata-se do nono e do décimo palestinos mortos durante a violência desencadeada pela decisão americana anunciada em 6 de dezembro.

Seis palestinos ficaram feridos durante os protestos em que centenas de pessoas participaram em diferentes pontos do muro, segundo o ministério da Saúde de Gaza.

Um dos feridos está em estado gravíssimo, acrescentou.

O Hamas, que governa o enclave palestino, convocou um novo dia de protestos após a oração tradicional muçulmana da sexta-feira.

Dezenas de outros palestinos entraram em confronto com as forças israelenses na Cisjordânia ocupada, separada de Gaza pelo território israelense.

Ao menos 5 palestinos foram atingidos por balas reais, segundo o Crescente Vermelho.

Em Jerusalém, os incidentes permaneceram limitados em breves confrontos na Cidade Velha.  

A decisão unilateral do presidente dos Estados Unidos Donald Trump de romper com décadas de diplomacia americana e internacional tem causado numerosas manifestações e distúrbios quase que diariamente nos Territórios palestinos, deixando centenas de feridos e dezenas de detidos.

Também nesta sexta-feira, centenas de jordanianos manifestaram em frente à embaixada dos Estados Unidos em Amã, protegida por um forte esquema de segurança.

Os manifestantes exibiam cartazes declarando "Jerusalém capital eterna palestina", e entoaram palavras de ordem hostis ao presidente Trump.

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