Israel está em contato com "ao menos dez países" sobre a possibilidade de transferência de suas embaixadas para Jerusalém, após os Estados Unidos reconhecerem a cidade como a capital do Estado hebreu, informou nesta segunda-feira a vice-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Hotovely.
"Estamos em contato com ao menos 10 países, alguns da Europa", para abordar o tema da transferência de suas embaixadas para Jerusalém.
No domingo, a Guatemala anunciou a transferência de sua embaixada para Jerusalém, uma decisão qualificada de "vergonhosa" pelos palestinos.
Hotovely acrescentou que o reconhecimento do presidente americano, Donald Trump, provocará "uma onda" de transferências. "Agora estamos apenas no início".
A vice-ministra não citou os países, mas a rádio estatal - baseada em fontes diplomáticas israelenses - se refere à Honduras, Filipinas, Romênia e Sudão do Sul entre os dez.
Dois terços dos estados-membros das Nações Unidas votaram a favor de uma resolução que rejeita o reconhecimento de Trump e reafirma que o status de Jerusalém deve ser decidido através de negociações.
Israel ocupou o leste de Jerusalém na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e depois anexou a cidade, em uma ação não reconhecida pela comunidade internacional.
Alguns países latino-americanos tinham representação diplomática em Jerusalém até uma resolução das Nações Unidas, de 1980, que condenou a tentativa de Israel de alterar o "caráter e o status" da cidade, colocando barreiras para se obter a paz.
Israel considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital indivisível, enquanto os palestinos veem a parte oriental como capital de seu futuro estado.
No momento, todos os países mantêm suas sedes diplomáticas em Israel na cidade de Tel Aviv.