Atirador abre fogo em igreja no Egito deixa mortos e feridos

Relatos locais disseram que o agressor abriu fogo do lado de fora da igreja e foi abatido pela Polícia quando tentou invadir o local
AFP
Publicado em 29/12/2017 às 7:53
Relatos locais disseram que o agressor abriu fogo do lado de fora da igreja e foi abatido pela Polícia quando tentou invadir o local Foto: Foto: AFP


Atualizada às 9h29

Pelo menos nove pessoas foram mortas depois que um homem abriu fogo em uma igreja perto de Marmina, no sul do Cairo, nesta sexta-feira (29), informou o porta-voz do Ministério da Saúde, Khaled Megahed. O agressor seria o 10º morto do episódio.

Relatos locais disseram que o agressor abriu fogo do lado de fora da igreja e foi abatido pela Polícia quando tentou invadir o local, acrescentaram as autoridades. Ainda de acordo com as informações, havia um segundo atacante e afirmou que os policiais estavam entre as vítimas. Nenhum grupo ainda reivindicou a responsabilidade pelo ataque. 

Os cristão do Egito, os coptas, foram alvo de vários atentados sangrentos este ano. Boa parte deles foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico (EI). 

Minoria na mira

Desde dezembro de 2016, os cristão do Egito - os coptas - são alvo de vários atentados sangrentos em igrejas, ou em ataques direcionados cometidos na Península do Sinai. Boa parte deles foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico (EI).

Em 11 de dezembro de 2016, no Cairo, um atentado suicida contra a igreja copta São Pedro e São Paulo deixou 29 mortos. O Estado Islâmico (EI) assumiu o ataque.

Em abril de 2017, 45 pessoas foram mortas em dois ataques suicidas reivindicados pelo EI em plena celebração do Domingo de Ramos em Alexandria, segundo maior cidade do país, e em Tanta, no norte do Egito. Em maio, o grupo extremista reivindicou um ataque contra um ônibus de peregrinos coptas, o qual terminou em 28 mortos.

Ortodoxos em sua maioria, os coptas constituem a comunidade cristã mais numerosa do Oriente Médio e uma das mais antigas.

A minoria cristã representa 10% dos quase 96 milhões de habitantes no Egito, de maioria muçulmana. Seus fiéis estão espalhados por todo país, com concentrações mais marcadas no Médio-Egito. Têm baixa representatividade no governo e se dizem marginalizados.

Além dos ataques contra os cristãos, os extremistas também costumam ter as forças de segurança como alvo.

O EI é suspeito de estar por trás de um atentado que deixou mais de 230 mortos contra uma mesquita do leste do Egito em 24 de novembro passado.

 

 

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