O ex-presidente sul-africano Jacob Zuma será julgado por corrupção em um caso de contrato de armamento com indústrias estrangeiras que remonta aos anos 1990, anunciou nesta sexta-feira (16) a procuradoria.
"Há motivos razoáveis para pensar que as ações judiciais contra Zuma darão resultados", declarou o procurador-geral Shaun Abrahams em coletiva de imprensa em Pretória.
A justiça suspeita que Zuma cobrou propinas em um contrato de armamento de 5,16 bilhões de dólares, assinado em 1999 pela África do Sul com várias empresas estrangeiras, entre elas a francesa Thalès. Na ocasião, era vice-presidente do país.
O ex-presidente será julgado por fraude e corrupção.
Jacob Zuma renunciou em meados de fevereiro depois que seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), ameaçou destituí-lo com uma moção de censura.
Zuma, debilitado por um escândalo de desvio de recursos públicos, anunciou em um discurso televisionado à nação que havia tomado a decisão de se demitir, embora estivesse em desacordo com a direção de seu partido.
Zuma, de 75 anos, estava no poder desde 2009.