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Donald Trump anuncia ataque na Síria

Os ataques serão aéreos e em coalizão com Reino Unido e França
JC Online com AFP
Publicado em 13/04/2018 às 22:06
Os ataques serão aéreos e em coalizão com Reino Unido e França Foto: Foto: JEFF SWENSEN / GETTY IMAGES /AFP


Atualizado em 23h59

Estados Unidos, França e Reino Unido bombardearam alvos na Síria na madrugada deste sábado, em uma ação coordenada contra o regime de Bashar Al Assad uma semana após um suposto ataque com armas químicas ter matado cerca de 40 civis nos arredores de Damasco.

O presidente Donald Trump anunciou ter ordenado "às forças armadas dos Estados Unidos ataques de precisão contra alvos associados à capacidade de armas químicas do ditador Bashar Al Assad".

"Ordenei às forças armadas dos Estados Unidos que lancem ataques de precisão contra alvos associados à capacidade de armas químicas do ditador Bashar Al Assad", disse Trump em discurso à Nação na Casa Branca.

>> EUA envia 'mensagem clara' a Bashar al Asad

>> Ataques atingiram bases militares e centros de pesquisa em Damasco

Confira o pronunciamento oficial do presidente americano

 

 

Ataques durante discurso

Várias explosões foram ouvidas nas primeiras horas do sábado (noite de sexta-feira (13), em Brasília) na capital da Síria, Damasco, informou um correspondente da AFP, enquanto o presidente americano, Donald Trump, anunciava em Washington que estavam em marcha ataques àquele país.

A TV estatal síria também reportou ataques americanos no país, coordenados com a França e o Reino Unido. 

Os alvos dos ataques

O chefe do Comando Conjunto dos EUA, general Joe Dunford, revelou que os alvos "foram especificamente identificados para reduzir o risco de envolver as forças russas" na Síria.

O secretário americano de Defesa, general Jim Mattis, informou que os ataques terminaram e que "no momento, não planejamos ações adicionais".

Segundo o general Mattis, foi enviada uma "mensagem clara" ao regime sírio. "É o momento de as nações civilizadas se unirem com urgência para acabar com a guerra civil, apoiando o processo de paz liderado pelas Nações Unidas".

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou que "foram registrados bombardeios ocidentais contra centros de pesquisa científica, várias bases militares e locais da Guarda Republicana em Damasco e seus arredores".

Segundo um oficial americano, os ataques aéreos coordenados visaram instalações de produção de armas químicas, atingiram vários alvos e utilizaram diferentes tipos de armas, incluindo mísseis de cruzeiro Tomahawk.

Quatro aviões tornado dispararam mísseis Storm Shadow contra "um complexo militar, uma antiga base de mísseis, a cerca de 24 km a oeste de Homs, onde se suspeita que o regime armazene substâncias para fabricar armas químicas", revelou o ministério da Defesa em Londres.

"Foram realizadas análises muito cuidadosas para determinar onde era melhor atacar com os Storm Shadows a fim de maximizar a destruição de produtos químicos armazenados e minimizar qualquer risco de contaminação nas áreas circundantes".

"As informações iniciais mostram que a precisão dos Storm Shadow e o planejamento meticuloso resultou em um ataque de sucesso".

May e Macron seguirão 'trabalhando estreitamente' na resposta à Síria

A primeira-ministra britânica, Theresa May, conversou na noite desta sexta-feira com o presidente francês, Emmanuel Macron, e os dois concordaram em "seguir trabalhando estreitamente" na resposta ao suposto uso de armas químicas em um ataque do regime sírio.

"A primeira-ministra falou com o presidente francês, Emmanuel Macron, esta noite sobre o terrível ataque a Duma, no sábado, na Síria", informou um porta-voz de Downing Street.

"Eles concordaram em seguir trabalhando estreitamente para uma resposta internacional". 

Os Estados Unidos informaram nesta sexta-feira que têm "provas" de que efetivamente ocorreu um ataque químico em Duma no dia 7 de abril, e que o governo sírio é o responsável.

Na ONU, o representante da França, Francois Delattre, disse que o governo sírio atingiu um "ponto sem volta" e que é preciso "deter a escalada química" na Síria.

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