A Presidência síria anunciou nesta quinta-feira (19) ter devolvido a Legião de Honra que a França concedeu em 2001 ao ditador Bashar Al Assad, que não ficará com uma condecoração de um "regime escravo" dos Estados Unidos, informou o governo sírio em um comunicado.
Na segunda-feira, o entorno do presidente francês Emmanuel Macron informou que a França tinha iniciado o processo para retirar a Legião de Honra do presidente Assad, dois dias depois de Paris participar dos bombardeios contra alvos do regime sírio em conjunto com os Estados Unidos e o Reino Unido.
A condecoração foi devolvida à França "através da embaixada da Romênia em Damasco, que representa os interesses franceses na Síria", informou a Presidência síria em um comunicado.
Ainda segundo o comunicado, a decisão foi tomada após "a participação da França na agressão tripartite junto com Estados Unidos e Reino Unido contra a Síria em 14 de abril".
"Para o presidente Assad, não representa nenhuma honra usar uma condecoração entregue por um regime escravo [...] dos Estados Unidos, que apoia os terroristas", acrescentou o texto.
Washington, Paris e Londres efetuaram no amanhecer de sábado bombardeios contra alvos supostamente vinculados ao programa de armas químicas sírias, em represália a um suposto ataque químico lançado em 7 de abril em Duma, que era o último reduto dos rebeldes na Ghuta Oriental, perto de Damasco.
O regime nega qualquer envolvimento no suposto ataque químico.