A Turquia ordenou nesta quarta-feira (16) que o cônsul-geral de Israel em Istambul abandone o país temporariamente, um dia depois da ordem do governo israelense para que o cônsul turco deixe Jerusalém.
O ministério turco das Relações Exteriores pediu ao cônsul-geral israelense em Istambul, Yossi Levi Safri, que abandone a Turquia "por um tempo", informou a agência estatal Anadolu.
Na terça-feira (15), a Turquia solicitou ao embaixador israelense que retornasse a seu país "durante um tempo", após a violência de segunda-feira na fronteira de Gaza e Israel que deixou quase 60 palestinos mortos por tiros de soldados israelenses.
Na terça-feira, Israel respondeu com a ordem para a saída do cônsul-geral da Turquia em Jerusalém, responsável por uma missão de representação diplomática na Cidade Sagrada ante a Autoridade Palestina.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan, um islamita conservador, acusou na segunda-feira (14) Israel de "terrorismo de Estado" e "genocídio".
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que não aceita "lições de moral" de Erdogan, um dos "grandes apoios do Hamas".
Erdogan disse que Netanyahu tem "sangue palestino nas mãos" e que Israel era um "Estado de apartheid".
A troca de acusações coloca em risco a normalização das relações iniciada em 2016 entre Turquia e Israel, após uma grave crise diplomática provocada por um ataque israelense contra um barco de uma ONG que tentava romper o bloqueio de Gaza.