O presidente venezuelano Nicolás Maduro foi reeleito neste domingo (20), com 68% dos votos válidos para um novo mandato de seis anos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Com 92% das urnas apuradas, Maduro recebeu mais de 5,8 milhões de votos. O segundo lugar ficou com o candidato da oposição, Henri Falcón, obteve mais de 1,8 milhões (21%) dos votos válidos. Em terceiro, o pastor evangélico Javier Bertucci recebeu 925 mil (11%). O número de abstenções ficou em 54%.
Quase 20,5 milhões de eleitores estavam registrados para votar na eleição de único turno neste domingo. A maioria dos eleitores eram idosos. Após a votação, os eleitores iam para o Ponto Vermelho, do outro lado da rua, onde escaneavam a Carteira da Pátria.
Antes do anúncio do resultado da eleição, o candidato oposicionista acusou o chavista de usar a máquina estatal em benefício próprio, para vencer a eleição. "É uma falta de respeito contra você, compatriota", respondeu Maduro.
No discurso da vitória, no Palácio de Miraflores, Maduro agradeceu a reeleição. "Obrigado por me fazer presidente da República Bolivariana da Venezuela no período de 2019 a 2025".
Em uma de suas piores crises econômicas, a vitória do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que está no poder desde 1999, pareceu ganhar uma sobrevida. Com quase 13.800% de inflação, centenas de pessoas começaram a emigrar para outros países, buscando fugir da fome.
A eleição deste domingo foi reconhecida pelo Estados Unidos, União Européia, Canadá, além de outros países, por causa dos líderes oposicionistas que foram considerados inelegíveis e não participaram do pleito. O governo brasileiro não reconhece a legitimidade da eleição, mas avalia que é preciso manter um relacionamento minimo para tratar de assuntos com o país vizinho.