O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse nesta quinta-feira (13) que a rede social está melhor preparada para se defender dos esforços externos para manipular a plataforma e, assim, influenciar nas eleições, e recentemente revelou que frustrou campanhas de ingerência estrangeira dirigidas a vários países.
Em uma publicação em sua página no Facebook, Zuckerberg delineou uma série de passos que a rede social líder tomou para proteger contra a desinformação e as campanhas de manipulação destinadas a prejudicar as eleições.
"Identificamos e eliminamos contas falsas antes das eleições em França, Alemanha, Alabama, México e Brasil", disse Zuckerberg.
"Percebemos e excluímos campanhas de influência estrangeira de Rússia e Irã tentando interferir em Estados Unidos, Reino Unido, Oriente Médio e outros lugares, assim como grupos em México e Brasil que estiveram ativos em seu próprio país", indicou.
Zuckerberg voltou a admitir que o Facebook estava mal preparado para os grandes esforços de influência nas redes sociais durante as eleições de 2016 nos Estados Unidos, mas acrescentou que "hoje o Facebook está melhor preparado para este tipo de ataque".
Mas também advertiu que a tarefa é difícil porque "enfrentamos adversários sofisticados e bem financiados. Não se darão por vencidos e continuarão evoluindo".
O cofundador do Facebook declarou que a rede social permanece em uma batalha constante com os que criam contas falsas que poderiam ser usadas para divulgar informação falsa, bloqueando mais de um bilhão.
"Com os avanços no aprendizado automático, agora construímos sistemas que bloqueiam milhões de contas falsas todos os dias", assinalou.
"No total, excluímos mais de um bilhão de contas falsas, a grande maioria em questão de minutos após serem criadas e antes de poderem fazer dano, nos seis meses entre outubro e março".
A publicação de Zuckerberg foi a última de uma série de passos destinados a reparar o dano de seus erros em 2016, incluindo o sequestro de dados pessoais de milhões de usuários do Facebook por parte de uma consultora política que trabalhava para Donald Trump.
O Facebook anunciou, por sua vez, que está ampliando a verificação de dados para fotos e vídeos a 27 sócios em 17 países de todo o mundo, em comparação com os 14 países no início deste ano.
"De maneira similar ao nosso trabalho com os artigos, criamos um modelo de aprendizagem automática que utiliza vários sinais de participação, incluindo comentários de pessoas no Facebook, para identificar conteúdo potencialmente falso", afirmou a gerente de produtos Antonia Woodford.
"Depois enviamos essas fotos e esses vídeos aos verificadores de dados para a sua revisão, ou os verificadores de dados podem descobrir o conteúdo por conta própria", concluiu.