O juiz Daniel Werneck Cotta, da 2ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, ouviu uma testemunha no processo que apura o assassinato da empresária brasileira Cecília Müller Haddad, de 38 anos, em Sydney, na Austrália, há seis meses. No corpo da empresária havia sinais de estrangulamento. A testemunha confirmou que a vítima recebia ameaças do ex-namorado.
O principal suspeito é o engenheiro Mário Marcelo Ferreira dos Santos Santoro, de 40 anos, ex-namorado da vítima. Ele retornou ao Brasil após a morte da empresária e está preso desde julho. O engenheiro estava escondido na casa de parentes, em Botafogo, zona sul do Rio.
Nessa quarta-feira (31), o juiz Daniel Werneck Cotta fez audiência de instrução e julgamento da ação penal. A testemunha ouvida era amiga da vítima e mora na Austrália. Ela foi ouvida por meio do sistema de videoconferência e disse que Cecília recebia ameaças do ex-namorado, Mário Marcelo.
Segundo a testemunha, Mário Santoro não aceitava o fim do relacionamento. “Cecília vivia em pânico, com medo. Ela estava dormindo na casa de amigos, por causa das ameaças”, relatou a amiga da vítima.
Também foi ouvida no processo Milu Müller, mãe da empresária morta. Ela disse que conversava com a filha, ao telefone, quando ouviu barulho e gritos de um homem, pedindo que a empresária abrisse a porta do apartamento. A mãe afirma que reconheceu a voz de Mário Marcelo. Segundo a mãe da vítima, depois do telefonema, não conseguiu mais contato com a filha.
Cecília Müller vivia na Austrália desde 2007. Ela foi morta entre os dias 28 e 29 de abril, em sua casa. O corpo foi encontrado no Rio Lane Cover, em Sydney, a 8 quilômetros do local onde Cecília foi morta.