Atualizada às 18:02
O submarino argentino com 44 tripulantes a bordo procurado há um ano foi encontrado implodido no Oceano Atlântico, a 907 metros de profundidade, mas a Marinha considera muito difícil recuperar os restos mortais dos militares.
Abalados com a confirmação da morte de seus entes queridos, os parentes dos marinheiros puderam ver três fotos do submarino ARA San Juan tiradas por um robô do navio de busca da empresa americana Ocean Infinity, sem obter das autoridades argentinas a certeza de que um dia o navio poderá ser trazido à superfície.
"Neste momento, a palavra certa é prudência", disse o chefe de gabinete da Marinha, José Luis Villán, quando questionado em uma coletiva de imprensa em Buenos Aires sobre se as autoridades irão proceder à extração do submarino. O ministro da Defesa, Oscar Aguad, disse que a Argentina "não tem meios" para fazer isso.
O ARA San Juan estava localizado a 500 km da costa, na área onde um sinal sonoro havia sido registrado há um ano no Golfo de São Jorge, indicaram as autoridades. Estima-se que a implosão ocorreu duas horas após o último contato do submarino em 15 de novembro de 2017.
Alojados entre uma base militar e um hotel em Mar del Plata (400 km ao sul de Buenos Aires), os familiares da tripulação, críticos à forma como o governo de Mauricio Macri lidou com o caso, exigiram a recuperação dos restos mortais.