México libera comércio de 38 produtos com derivados de maconha

As autoridades de Saúde do México liberaram o comércio de suplementos alimentares, bebidas e cosméticos derivados da cannabis
AFP
Publicado em 21/11/2018 às 18:58
As autoridades de Saúde do México liberaram o comércio de suplementos alimentares, bebidas e cosméticos derivados da cannabis Foto: Foto: Pixabay


As autoridades de Saúde do México liberaram nesta quarta-feira (21) o comércio de 38 produtos com derivados da cannabis, como suplementos alimentares, bebidas e cosméticos, que poderão ser vendidos em farmácias.

A governamental Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris) anunciou que sete laboratórios, quatro deles mexicanos, dois americanos e um espanhol, cumpriram os regulamentos para comercializar os produtos.  

"Hoje é um dia histórico para o México, agora temos a oportunidade de dar autorização para os primeiros produtos", disse Julio Sánchez, diretor da Cofepris, em entrevista coletiva.

Poderão ser comercializados suplementos alimentares com fins medicinais, cosméticos, bebidas e matérias-primas, mas todos devem ter um conteúdo de menos de 1% de tetraidrocanabinol, o principal agente psicoativo da cannabis, popularmente conhecido como maconha.

A batalha para legalizar o uso de medicamentos e produtos derivados da cannabis começou em 2015, quando os pais de Grace, uma menor mexicana que sofre de epilepsia, conseguiram que um tribunal autorizasse a importação de um medicamento derivado da maconha que contribuiu para melhorar sua saúde. 

Uso medicinal

Em 2017, o Congresso mexicano aprovou o uso medicinal da maconha, mas somente agora a Cofepris emitiu a autorização, depois que o regulamento correspondente foi elaborado e as aplicações para comercializar os produtos, analisadas. Das 43 apresentadas, 38 foram aceitas.

Em 6 de novembro, o Morena, partido do presidente eleito Andrés Manuel López Obrador, apresentou uma iniciativa de lei que busca legalizar o uso recreativo da maconha. 

Essa iniciativa, que deve ser aprovada desde que o Morena e seus aliados têm ampla maioria legislativa, é apresentada como uma alternativa para conter a violência ligada ao tráfico de drogas.

Mortes após operação antidrogas

Mais de 200.000 pessoas morreram violentamente no México desde dezembro de 2006, quando o governo lançou uma controversa operação militar antidrogas, segundo dados oficiais que não detalham quantos casos estariam ligados ao crime.

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