Cerca de 1.300 pessoas estão desaparecidas nas Bahamas após a passagem do furacão Dorian, disseram nesta quinta-feira (12) as autoridades, que revisaram para baixo a cifra anterior, de 2.500 desaparecidos.
A agência de gestão de emergências das Bahamas (NEMA) atribuiu a diminuição ao fato de comprovar se as pessoas desaparecidas estavam nos refúgios para afetados.
As autoridades disseram que o furacão devastador, de categoria 5, deixou até agora 50 mortos. Mas também expressaram o temor de que o número aumente significativamente.
"Segundo a informação que tenho e o que sei, há centenas de pessoas mortas", disse na quarta-feira o ex-premier Hubert Ingraham, citado pelo jornal Nassau Guardian.
"Não dou atenção à cifra de 50", disse Ingraham, após percorrer as ilhas Ábaco, devastadas por Dorian.
"Centenas de pessoas morreram em Ábaco e um número significativo em Grande Bahama", a outra ilha severamente afetada pelo furacão, disse.
A busca de pessoas "é um processo lento", disse o comissário de Polícia das Bahamas, Anthony Ferguson, em uma coletiva de imprensa. "Temos que atravessar todos estes escombros, tomar nosso tempo e buscar".
"Passará muito tempo até que se possa dizer o número (final)", disse.
Carl Smith, porta-voz da NEMA, disse que 150 pessoas estavam atualmente em refúgios na ilha de Grande Bahama e 2.000 em Nova Providência, situada em Nassau.
"Não recebemos mais muitas pessoas deslocadas das ilhas Ábaco", acrescentou.
O porta-voz também informou que as autoridades tinham suspendido a deportação de imigrantes ilegais que foram afetados pela tempestade. As Bahamas têm uma vasta comunidade de haitianos, e alguns dos que se encontram irregularmente no arquipélago expressaram o temor de serem expulsos.