Pesquisa Ibope/Band feita apenas com eleitores do Estado de São Paulo mostra que, nos cenários sem o petista Luiz Inácio Lula da Silva e com o presidente Michel Temer, a disputa pela Presidência da República ficaria acirrada entre os pré-candidatos Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB) e, mais abaixo, Marina Silva (Rede) e Joaquim Barbosa (PSB).
O Estado de São Paulo é o maior colégio eleitoral do País, com 33 milhões de eleitores, segundo os dados mais recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Isso equivale a 22,6% do total de eleitores registrados no Brasil.
No primeiro cenário sem Lula, que deve ficar impedido de concorrer por causa da condenação e prisão na Lava Jato, e no qual o presidente Michel Temer aparece como pré-candidato do MDB, o deputado Jair Bolsonaro e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin dividem a liderança entre os paulistas, com 16% e 15% das intenções de voto, respectivamente. Marina aparece a seguir, com 11%.
Como a margem de erro é de três pontos porcentuais, a ex-ministra do Meio Ambiente pode ter até 14%, no máximo, e Alckmin, 12%, no mínimo. É preciso considerar, portanto, um triplo empate técnico na liderança, embora seja estatisticamente muito improvável que Marina esteja de fato na frente.
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que ainda não confirmou se será mesmo candidato à sucessão de Temer pelo PSB, aparece com 9% das preferências, empatado tecnicamente com Marina e com Alckmin.
Como possível candidato do PT no lugar de Lula, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aparece apenas no terceiro escalão da pesquisa, com 3%, junto ao ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, do PDT, que registra 4%, e Temer, com 2%.
Nada menos que 26% dos paulistas anunciam a intenção de votar nulo ou em branco com essa combinação de candidatos a presidente na urna, segundo mostra o levantamento.
O Ibope analisou ainda um cenário sem Lula e sem Temer, e com Haddad e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como candidatos pelo PT e pelo MDB, respectivamente. Nesse caso, Alckmin e Bolsonaro empatam numericamente, com 15%. Marina, com 12%, e Joaquim Barbosa, com 10%, são listados a seguir. A taxa de brancos ou nulos atinge 25% - o equivalente a um em cada quatro eleitores.
Nos dois cenários em que o ex-presidente Lula é incluído no cartão com o nome de candidatos, o petista é quem aparece como líder, com 20% a 22% das intenções de voto. Em um desses cenários, Alckmin e Bolsonaro vêm a seguir empatados, com 14%, seguidos de Marina e Barbosa, ambos com 9%.
No outro cenário com o ex-presidente, os pré-candidatos ao Palácio do Planalto do PSL e do PSDB ficam com 14% e 12%, respectivamente.
Em três dos quatro cenários, o ex-presidente e hoje senador Fernando Collor (PTC-AL) não pontuou. Em um deles, que tem Lula e Meirelles, aparece em 1%. O empresário Flávio Rocha (PRB) e o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos (PSOL), também registram 1%.
O Ibope entrevistou, ao todo, 1.008 eleitores do Estado de São Paulo entre os dias 20 e 23 de abril. A margem de erro máxima do levantamento divulgado nesta terça-feira, 24, é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos. O contratante foi a TV Bandeirantes.
O levantamento também consultou os eleitores paulistas sobre a disputa para o governo do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.