O candidato a presidente da República Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu a reforma política como uma das primeiras medidas a serem implementadas em seu governo, caso eleito no pleito de outubro. “Precisamos mudar esse modelo político nacional”, afirmou. “Tem partido demais”.
Alckmin participou nessa terça-feira (14) do evento Diálogo Eleitor Unecs, promovido pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), composta por oito instituições dos dois setores. Antes do tucano, os presidenciáveis Alvaro Dias(Podemos), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), e o candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad, representando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso, em Curitiba, apresentaram os principais pontos de seus planos de governo.
Ao lembrar que outras reformas, como a previdenciária, a tributária e a do Estado são essenciais para o país, o tucano destacou que a necessidade de alteração da Constituição Federal pode dificultar um ritmo mais acelerado de mudanças.
“A Constituição brasileira é pré-queda do Muro de Berlim. Então ela é detalhista. Se pegar a reforma da Previdência, só aumento de alíquota pode fazer por lei. Todo o restante é PEC [proposta de emenda à Constituição] que precisa de três quintos, 308 votos [dos parlamentares]”.
Em relação à governabilidade em um eventual governo do PSDB, Alckmin ressaltou a importância de ter aliança com grandes partidos. A coligação é composta por DEM, PP, PRB, PR e Solidariedade, que compõem o chamado Centrão, além do PTB, PPS e PSD.
“Quem prometeu mudança sem ter um mínimo de aliança, não vai fazer nada. E tem que fazer rápido. Como pretendo fazer as reformas? Temos aliança com os grandes partidos, com toda a liberdade. Todo partido tem gente ótima”, disse a empresários dos setores de comércio e de serviços, acrescentando que vai escolher os melhores quadros para governar.
Se for eleito, o tucano disse que vai aumentar a integração da União, estados e municípios na segurança pública e que seu governo terá “grande foco” na saúde pública. “Vamos dar a mão para o jovem. Dependência química é doença, como é pneumonia. Tem que trazer esse jovem. Tem que buscá-lo. Ele sozinho não vai sair das drogas”.
Alckmin reiterou que pretende reduzir o déficit nas contas públicas em até dois anos e investir na retomada de obras paradas de infraestrutura e construção civil que vão promover a geração de empregos.