PT diz, em nota, que denúncia do MP contra Haddad é 'falaciosa'

A presidente do PT Gleisi Hoffmann divulgou uma nota assinada afirmando que denúncia contra Haddad é falaciosa
Estadão Conteúdo
Publicado em 05/09/2018 às 14:48
A presidente do PT Gleisi Hoffmann divulgou uma nota assinada afirmando que denúncia contra Haddad é falaciosa Foto: Foto: Sérgio Bernardo/ JC Imagem


O PT divulgou nota assinada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, na qual afirma que a denúncia contra o candidato a vice-presidente Fernando Haddad, feita na terça-feira (4) pelo Ministério Público de São Paulo, é "falaciosa" e "mais uma prova do engajamento político e partidário de setores da instituição escandalosamente vinculados ao PSDB".

O MP de São Paulo denunciou o ex-prefeito de São Paulo pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A acusação formal da Promotoria é o terceiro desdobramento - desta vez, criminal - da delação premiada do ex-presidente da UTC Engenharia Ricardo Pessoa. Ele afirmou ter pagado uma dívida de R$ 2,6 milhões da campanha petista de 2012 à Prefeitura com recursos de caixa 2.

De acordo com a nota do PT, no entanto, essa é a "segunda denúncia fabricada contra Haddad em apenas uma semana". "E mais uma vez a partir de antigas delações mentirosas, negociadas pelos promotores com um corrupto confesso, que já foi desmentido oito vezes".

Lula

A nota faz um paralelo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo tratar-se do "mesmo tipo de ataque", com "os mesmos objetivos". Ainda segundo o texto, além de defender a inocência e a integridade pessoal de Fernando Haddad, o PT irá representar mais uma vez ao Conselho Nacional do Ministério Público para denunciar um promotor que "manipula e desonra a instituição".

A denúncia, antecipada nesta terça-feira pela Coluna do Estadão, foi oferecida pelo promotor Marcelo Mendroni, do Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos do MP-SP.

Ele se vale da teoria do domínio do fato para afirmar que, em 2013, Haddad, recém-eleito prefeito, "detendo o poder de, em razão de suas funções, ainda que em perspectiva de hipótese e mesmo que não se concretizasse, qualquer contrapartida para a empresa UTC Empreiteira S.A., solicitou e recebeu, indiretamente, vantagem indevida". "Depois, agiu por interpostas pessoas de forma a dissimular a natureza, a origem, a localização e a movimentação dos valores provenientes, direta e indiretamente, daquela infração penal", diz a denúncia.

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