A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, divulgou uma nota à imprensa repudiando o ataque sofrido pelo o candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, ferido durante um ato de campanha, na tarde dessa quinta-feira (6), em Juiz de Fora (MG).
“O Tribunal Superior Eleitoral repudia toda e qualquer manifestação de violência, seja contra eleitores, seja candidatos ou em virtude do pleito. As eleições são uma manifestação de cidadania por meio da qual o povo expressa sua vontade. Inaceitável que atitudes extremadas maculem conquista tão importante quanto é a democracia”, afirmou a ministra.
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, divulgou, por meio de sua assessoria, um comunicado no qual demonstrou preocupação com atos de violência durante a campanha eleitoral. A ministra também pediu celeridade nas investigações.
De acordo com o comunicado, a ministra demonstrou preocupação "com a garantia das liberdades dos candidatos e dos eleitores, qualquer que seja a posição ou ideologia adotada por quem quer que seja e ainda que sejam contrárias, como expressão de um processo eleitoral democrático ,devendo ser renegada qualquer forma de violência ou de desrespeito aos direitos”, diz o texto.
A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar o ataque. A PF confirmou que o homem suspeito de ter esfaqueado o candidato, Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, foi detido por populares e seguranças e conduzido por policiais federais para a Delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora (MG), onde está prestando depoimento. Antes de ser retirado do local, o suspeito chegou a apanhar de pessoas que acompanhavam o evento.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) repudiou o ato de violência, afirmando que a democracia não comporta esse tipo de situação. “A realização das eleições em ambiente saudável depende da serenidade das instituições e militantes políticos. O processo eleitoral não pode ser usado para enfraquecer a democracia”, sustenta a entidade em nota assinada pelo presidente da instituição, Cláudio Lamachia.
A Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) condenou a violência contra o candidato do PSL e cobrou a responsabilização do agressor, mas pediu serenidade a todos. A entidade, que reúne associações de magistrados e procuradores, lamentou "a violência praticada" e repudiou "todo tipo de agressão contra qualquer candidato".