Alckmin diz a empresários que Bolsonaro pode ser até pior que PT, mas nega apoio

Em encontro com um grupo de empresários em São Paulo, Geraldo Alckmin afirmou que uma eleição de Jair Bolsonaro (PSL) pode ser até pior para o País do que a volta do PT
JC Online
Publicado em 22/09/2018 às 22:02
Em encontro com um grupo de empresários em São Paulo, Geraldo Alckmin afirmou que uma eleição de Jair Bolsonaro (PSL) pode ser até pior para o País do que a volta do PT Foto: Fotos: Sérgio Bernardo/JC Imagem


Em encontro com um grupo de empresários em São Paulo, Geraldo Alckmin afirmou que uma eleição de Jair Bolsonaro (PSL) pode ser até pior para o País do que a volta do PT ao poder, mas rechaçou apoiar qualquer um dos adversários caso fique de fora do segundo turno, de acordo com relato de três fontes presentes

A reunião ocorreu no início desta semana num escritório no bairro do Itaim Bibi. Participaram da conversa empresários como Meyer Nigri, da construtora Tecnisa, Elie Horn, fundador e sócio da Cyrela, Eugênio Mattar, sócio e presidente da Localiza, José Ricardo Rezek, presidente da incorporadora Rezek, Helio Seibel, sócio do grupo Ligna, entre outros.

Relatos de que o tucano teria indicado durante o encontro apoio do PSDB ao PT contra Bolsonaro circularam pelas redes sociais e em grupos de WhatsApp no sábado. A confusão forçou Alckmin a gravar um vídeo negando tal intenção.

"Isto não existe. Somos contra o PT como também somos contra Jair Bolsonaro. Achamos que o Brasil só perde com radicalismos", afirmou, pedindo que os apoiadores combatam o que chamou de "fake news".

O empresário Meyer Nigri, um dos presentes ao encontro, disse ao Estado que Alckmin não apoiaria nem o PT nem Bolsonaro. "Gosto muito do Alckmin. Temos uma ótima relação, além de vários amigos em comum. Acredito nele quando afirma isto".

Os áudios com relatos do encontro chegaram a ser compartilhados por integrantes da campanha de Bolsonaro. Num deles, uma mulher diz que seu marido esteve na reunião com Alckmin juntamente com outros representantes da comunidade judaica e que, na reunião, o tucano havia "verbalizado" que o apoio do PSDB iria para Fernando Haddad no segundo turno.

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